Lançando suas projeções para a agropecuária local no biênio 2015-2016, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, previu que a produção de carne de frango do bloco permanecerá em expansão, mas em índices inferiores aos observados entre 2000 e 2014, período em que foi registrada expansão média de 1,6%. Agora o incremento previsto mal passa de 1,0%.
Crescimento significativamente superior - pouco mais de 5,0% em 2015, perto de 6,0% em 2016 - está sendo previsto para as importações. Já para as exportações a expansão estimada é de, respectivamente, 2,3% e 5,0%, desempenho que pode ser afetado pela ocorrência de diversos casos de Influenza Aviária em alguns países do bloco.
Como, nos três anos analisados, importação e exportação mantêm as mesmas proporções, a disponibilidade para o consumo interno cresce, aproximadamente, nos mesmos níveis da produção, o que redunda em um consumo interno em torno de 22kg per capita, volume que propicia à carne de frango participação de 30,0% entre as principais carnes consumidas pelos 28 países integrantes da UE.
Muitas análises anteriores do gênero, realizadas por órgãos de fora da UE, apontaram que, a esta altura do século XXI, o bloco teria perdido sua autossuficiência na produção de carne de frango, passando a garantir o pleno abastecimento interno através das importações.
Para demonstrar que isso não deve ocorrer pelo menos até 2016, a Comissão Europeia complementa suas tabelas com a observação de que a autossuficiência local se mantém acima de 104,0%, o que significa que contando apenas com a produção (isto é, desconsideradas importações e exportações), o bloco ainda disporia de um excedente equivalente a 4% da produção total.
Fonte: Avisite. 19 de março de 2015.
Receba nossos relatórios diários e gratuitos