O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura (MAPA), Guilherme Marques, avaliou nesta semana que o Paraná tem condições de conquistas o status de livre de febre aftosa sem vacinação.
Ele fez a avaliação durante reunião com autoridades do estado, em Curitiba, capital paranaense, conforme comunicado divulgado pelo próprio Ministério.
"A unidade da Federação tem plenas condições de atingir um novo e mais vantajoso status sanitário, através da adoção das medidas corretivas apontadas pelo Ministério da Agricultura, em conformidade com o padrão sanitário internacional", disse Marques, de acordo com a nota.
O Paraná possui, atualmente, o status de livre de aftosa com vacinação. A próxima etapa de imunização do rebanho começa no mês de maio.
De acordo com a nota do Ministério da Agricultura, pode ser a última campanha oficial. Depois da vacinação, o governo federal pretende avaliar situação do sistema sanitário estadual.
"Faremos uma auditoria técnica para checar se o sistema está mais robusto a partir de maio. Em caso afirmativo, teremos elementos para suspender a campanha de vacinação contra febre aftosa de novembro em diante", pondera Marques.
Para conseguir elevar sua condição sanitária, o estado deve seguir recomendações como reestruturar o sistema de barreiras sanitárias, especialmente nas áreas de fronteira, e o fortalecimento do serviço veterinário local.
De acordo com o Ministério da Agricultura, será seguido o cronograma da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O pedido de mudança do status sanitário deve ser feito um ano depois do fim da vacinação, sendo que o limite para o envio do relatório às autoridades internacionais é o mês de setembro.
Assim, de acordo com o resultado da inspeção a ser feita no mês que vem, o pedido oficial para a OIE poderia ser feito em setembro de 2016, e o novo status seria confirmado até maio de 2017.
Campanha
Também nesta semana, os estado do Amazonas e de Roraima iniciaram a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa. O Ministério da Agricultura lembra que a obrigação de vacinar o rebanho é do próprio pecuarista. O serviço veterinário é responsável pela fiscalização do procedimento e do comércio das vacinas.
Depois de imunizar os animais, o criador deve enviar um relatório ao serviço veterinário informando o número de animais vacinados e a nota fiscal de compra das vacinas. As autoridades têm até um mês para encaminhar os dados ao governo federal.
Em todo o país, a expectativa do Ministério é de que sejam vacinadas 170 milhões de cabeças.
Fonte: Globo Rural. 3 de abril de 2015.
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