O Índice de Preços ao Produtor (IPP) acelerou a alta a 1,9%em março, ante 0,3% em fevereiro, registrando a maior variação da série histórica iniciada em janeiro de 2010, diante da valorização do dólar.
Nos 12 meses até março, o IPP acumula avanço de 4,9%, de acordo com as informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (5/5).
Das 23 atividades monitoradas, 19 tiveram variações positivas de preços em março na comparação mensal, com destaque para os avanços registrados por outros equipamentos de transporte (7,9%), fumo (5,6%), outros produtos químicos (5,6%) e papel e celulose (4,9%).
"Muito disso se justifica pelo dólar, que tem efeito sobre alguns setores. Um deles é o químico, onde o impacto se dá basicamente nos fertilizantes. O Brasil importa muito fertilizante e os preços internos acabam refletindo os preços externos", disse à Reuters o gerente da pesquisa Alexandre Brandão.
Em março, o dólar acumulou alta de 11,7% sobre o real, o que segundo Brandão também influencia setores como fumo e papel e celulose, que têm contratos dolarizados. Ele ainda citou a entressafra da cana-de-açúcar, com impacto nos preços de açúcar e álcool.
Segundo o IBGE, os maiores impactos sobre o IPP de março foram exercidos por outros produtos químicos (0,57 ponto percentual), alimentos (0,35 p.p.), metalurgia (0,21 p.p.) e outros equipamentos de transporte (0,18 p.p.).
Fonte: Reuters. Por Rodrigo Viga Gaier. 5 de maio de 2015.
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