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Alta no faturamento da indústria de máquinas é explicada pela variação cambial


Sexta-feira, 8 de maio de 2015 - 08h24

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, relativizou a alta de 16,8% no faturamento do setor, em março, por causa da variação cambial.

"Metade do nosso faturamento é em dólar ou em moeda forte, quando se transforma isso em real, para mostrar o ganho total do setor em tempos como este em que o dólar subiu de cotação, isso acaba inchando o faturamento, o que não significa que se tenha produzido mais", avaliou nesta quarta-feira (6/5), ao divulgar o balanço do setor.

Os dados mostram que as exportações representam cerca de 50,0% do faturamento, quando, normalmente, esse percentual é em torno de 30,0%. De acordo com Pastoriza, isso ocorre não pelo aumento das exportações, mas pela queda do mercado interno.

 Quando se avalia somente as vendas internas, o decréscimo é de 16,8%. Ele destacou que a produção física do setor tem ficado em patamar próximo ao do primeiro trimestre do ano passado. Além disso, apontou que a estimativa da Abimaq é de uma queda de 5,0% a 7,0% da produção neste ano.

"O que nós vendemos é investimento. Nós vendemos máquinas. No Brasil, por conta das incertezas políticas e econômicas, os nossos clientes estão com receio de fazer investimento. Então, ficam retraídos, e sentimos fortemente nas nossas vendas", disse Pastoriza.

Ele citou, como exemplo, a queda nas vendas da Agrishow, feira de tecnologia agrícola, que ocorreu na semana passada. "É um setor que está muito bem, mas as vendas de máquinas caíram 30%. Apesar de os clientes terem ido à feira, eles dizem que não vão fazer investimento. É uma crise de expectativa", apontou.

Pastoriza informou que aguarda reunião com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, para tratar das perdas financeiras de empresas associadas à Abimaq, por causa da Operação Lava Jato. Ele explicou que empreiteiras investigadas deixaram de pagar os equipamentos adquiridos, por terem os contratos suspensos com a estatal.

"Nos casos em que a empreiteira não consegue mais fazer pagamentos, que a Petrobras assuma o contrato, tome posse dos equipamentos, assuma o saldo a pagar e depois se entenda com a empreiteira para que haja acerto de contas entre eles. Não estamos propondo que a Petrobras tenha prejuízo", declarou.

Fonte: Globo Rural. 7 de maio de 2015.


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