A JBS, a Marfrig e a Minerva divulgaram relatórios de consultorias independentes que atestam que suas operações de compra de gado bovino estão em conformidade com o compromisso assumido pelas empresas com o Greenpeace.
O acordo prevê que as companhias não podem adquirir bois de fazendas que tenham desmatado a Amazônia a partir de outubro de 2009, se localizem em terras indígenas ou de conservação ambiental ou que utilizem mão de obra análoga à escrava.
A auditoria da BDO examinou as operações da JBS entre 26 de março e 8 de maio de 2015 e constatou que apenas quatro das 12,22 mil compras feitas pela empresa não estavam em conformidade com o acordo.
Para os casos irregulares, a empresa apresentou documentos que comprovavam que os dados dos fornecedores não estavam na lista pública do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou que emitiu nota fiscal da compra antes que o pecuarista fosse inserido em alguma das restrições pelos órgãos públicos.
Em nota, a empresa destaca que desenvolveu um sistema para cruzar dados geoespaciais e cadastrais com informações do governo para cumprir as condições exigidas pelo Greenpeace.
Segundo o diretor de Sustentabilidade da JBS, Márcio Nappo, a auditoria comprova que o sistema permite sucesso no monitoramento de fornecedores em 99,9% dos casos, "dentro de um universo muito grande de operações de compra".
Na Marfrig, a auditoria da DNV-GL ocorreu entre 5 de março e 8 de abril de 2014 e não houve operações que contrariassem o compromisso público. Também em nota, a empresa afirma que mapeou todas as propriedades dos fornecedores diretos ativos e que pretende ampliar a identificação dos pecuaristas que vendem gado à empresa de forma indireta.
"Em 2014, mais de 50,0% dos fornecedores indiretos das unidades localizadas no Bioma Amazônia foram identificados e a nossa meta é alcançar o porcentual de 75,0% em 2015", afirma Andrew Murchie, CEO da Marfrig Beef Brasil.
A BDO também foi responsável por avaliar as operações de compra da Minerva, e não encontrou irregularidades. "Os três frigoríficos mostraram que é possível tirar o desmatamento de nosso prato", diz Adriana Charoux, responsável pela campanha Amazônia do Greenpeace.
Fonte: Estadão Conteúdo. 1 de junho de 2015.
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