Os trabalhos de retirada da segunda safra de milho do campo estão adiantados no Paraná, segundo maior produtor nacional do grão.
Até o momento, 20,0% da área ocupada pela cultura foram colhidos, conforme boletim divulgado nesta terça-feira (30/6) pelo Departamento de Economia Rural (DERAL), órgão ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (SEAB).
Nesta época do ano passado, o índice estava em 8,0% e a média para os últimos cinco anos é de 7,0%.
A avaliação dos técnicos paranaenses é que a segunda safra, cultivada durante o inverno, não corre risco de perdas por causa de geadas e a expectativa de produção recorde na estação fria do ano foi mantida. A SEAB prevê que as lavouras renderão 10,8 milhões de toneladas.
O desempenho excepcional do milho dá sustentação a uma projeção 38,1 milhões de toneladas para a colheita de grãos do Estado. Se confirmado, o volume ficará 6% acima do registrado no ano passado, quando foram produzidas 36 milhões de toneladas.
O resultado depende ainda do rendimento das áreas de aveia, cevada, canola, trigo e triticale, ainda vulneráveis às variações do clima. Segundo o DERAL, a semeadura do trigo está entrando na reta final, com 93,0% da área já plantada, contra 88% do ano passado e 89,8% na média histórica para esta época do ano.
Valor da produção
Com a retomada da colheita de soja, o aumento da produção de milho o parque industrial avícola trabalhando a todo vapor, o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária paranaense deve crescer 3% em 2015 e somar R$73 bilhões, indica o DERAL.
O VBP mede o valor de tudo o que é produzido da porteira para dentro das propriedades.
A soja é que dará maior impulso ao índice. A oferta paranaense da oleaginosa cresceu 16% no último ano, para 16,8 milhões de toneladas. O aumento da colheita e a alta do dólar devem elevar em 8% o VBP da soja e alcançar R$15 bilhões mais de 20% do total faturado pelo setor.
A produção de frango do Paraná também tende a ganhar fôlego em 2015, conforme projeção do Deral. A expectativa é que os abates cresçam 4%. Já a participação no VBP estadual deve ser de 14% do total.
Fonte: Globo Rural. 1 de julho de 2015.
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