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Agronegócio perde peso na balança comercial


Quinta-feira, 2 de julho de 2015 - 17h26

O primeiro semestre já aponta para queda de participação que os produtos básicos terão no saldo da balança comercial do ano. Boa parte dessa queda é de responsabilidade do agronegócio.

O complexo soja, líder nacional em exportações somou US$15,9 bilhões até junho, 21% menos do que em igual período do ano passado.

Ainda nesse segmento, a maior queda ficou para as vendas externas de soja em grãos, que caíram para US$12,5 bilhões, 22% menos do que em 2014.

As carnes in natura, outro item de peso na balança comercial brasileira, renderam US$5,1 bilhões neste ano, 9% menos, conforme dados da Secex.

A queda de receitas ocorre - não obstante o aumento do volume exportado - devido à redução dos preços internacionais das commodities.

O volume recorde exportado de carne de frango in natura, por exemplo, atingiu 371 mil toneladas no mês passado, 33% mais do que em junho de 2014.

Nesse mesmo período, no entanto, o preço médio da tonelada da proteína teve recuo de 16%.

Com isso, as receitas, mesmo com o volume recorde das vendas, subiram apenas 12% no período.

Acrescentando-se à carne in natura de frango outros cortes processados, o volume total sobe para 396 mil toneladas, também um recorde mensal, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

O grande destaque negativo entre as commodities continua sendo o minério de ferro, cujas exportações recuaram para US$7,2 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, 49% menos do que no primeiro semestre de 2014.

Já o petróleo manteve exportações de US$6,4 bilhões, com queda de 6%, uma das menores do setor de commodities.

A balança comercial do agronegócio teve, no entanto, alguns destaques positivos. Entre elas as exportações de café, que superaram 36 milhões de sacas nesta safra 2014/15, encerrada no dia 30 de junho.

Os preços atuais do mercado externo já não têm o mesmo vigor dos de há um ano. Mesmo assim as receitas com café de janeiro a junho subiram para US$2,9 bilhões no ano, 12% mais do que em igual período de 2014.

Fumo em folha e algodão também conseguiram obter receitas superiores às de janeiro a junho do ano passado.

Fonte: Folha de São Paulo. 2 de julho de 2015.

 

 


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