A colheita de algodão já passa da metade da área cultivada no país e os preços mantém uma trajetória de alta, mesmo com um ritmo mais lento dos negócios. É o que informou na quarta-feira (19/8) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Desde o início deste mês o Indicador Cepea/Esalq subiu 3,2%. Na terça-feira (18/8), fechou a R$2,206 a libra-peso, com base no mercado de São Paulo.
"Produtores têm cumprido a entrega de contratos e reajustado os preços da pluma, o que mantém baixa a disponibilidade no spot. Paralelamente, parte dos compradores está cautelosa em aceitar os preços pedidos por vendedores. O receio é que não consigam repassar o aumento dos custos para os fios e demais produtos devido ao fraco desempenho do segmento de derivados", diz a instituição, em nota.
Em Mato Grosso, as cotações seguiram a tendência de alta, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Só na semana passada, a alta foi de 1,4%, quando a arroba da pluma chegou a R$66,22. O movimento acompanhou a valorização dos principais contratos na bolsa de Nova York. Dezembro de 2015, por exemplo, subiu 1,2%, a US$0,64 por libra-peso.
"O relatório de oferta e demanda divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) fez com que as cotações do algodão na ICE reagissem fortemente. Ao demonstrar expectativa na queda de área e na produção de algodão nos EUA na safra 2015/16 em 7,0% e 10,0%, respectivamente, em relação ao relatório anterior, a cotação na ICE subiu 6% desde o dia 12/8 com movimentos dos agentes de mercado", relatou o Imea, em seu informe semanal sobre a cultura.
Fonte: Globo Rural. Por Raphael Salomão. 19 de agosto de 2015.
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