A economia brasileira deve ter uma queda de 2,26% neste ano. A avaliação, feita com base nas projeções de analistas do mercado financeiro, está no boletim Focus, divulgado na segunda-feira (31/8) pelo Banco Central. Na semana passada, a estimativa estaca em queda de 2,06%.
Foi a sétima semana seguida de revisão para baixo na estimativa de Produto Interno Bruto (PIB). Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou queda de 1,90% na geração de riquezas do Brasil no segundo trimestre do ano em relação ao período anterior, indicando que a economia do País está em recessão.
A expectativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustada para 9,28% neste ano. O número é quase três pontos percentuais acima do teto da meta do governo federal. A meta de inflação é de 4,50%, com piso de 2,50% e teto de 6,50%.
Principal instrumento usado no controle da inflação, a taxa básica de juros da economia, a Selic, não deve mais subir neste ano, de acordo com o Boletim Focus. Os analistas consultados acreditam em manutenção dos atuais 14,25% ao ano, decididos na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).
A estimativa para a taxa de câmbio também não sofreu alteração. Para os especialistas consultados, o dólar deve chegar ao fim deste ano cotado a R$3,50.
2016
Para o próximo ano, o Boletim Focus traz uma expectativa de recessão para a economia, embora seja bem mais moderada que a apontada para este ano. Revisada pela quarta semana consecutiva, passou a ser de uma queda de 0,40%. Há um mês, os analistas ainda previam crescimento de 0,20%.
A estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada para cima pela quarta vez consecutiva. Conforme o Boletim Focus, o índice oficial de inflação deve chegar a 5,50% no ano que vem. Com a uma perspectiva de menos inflação, o Banco Central deve dar um alívio na política monetária, lavando a taxa básica de juros, que deve cair para 12,00% ao ano até o fim de 2016.
A taxa de câmbio deve terminar o ano que vem ainda maior do que em 2015, podendo chegar aos R$3,60.
Fonte: Globo Rural. 31 de agosto de 2015.
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