O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, defendeu, na quarta-feira (2/9), que o Brasil seja um líder na agregação de valor na agropecuária. Ele participou do 2° Seminário Itinerante do Agronegócio, promovido durante a Expointer, em Esteio (RS).
"Estamos em uma fase em que temos que exportar. O que eu quero é menos peso e mais dólar", afirmou Turra, ao lado dos também ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Alysson Paolinelli.
Para dar um exemplo, Turra se utilizou da própria avicultura. Segundo ele, as exportações estão 5,5% maiores em volume, mas a receita cambial está 8% menor, embora a valorização do dólar em relação ao real tenha deixado o faturamento da indústria na moeda brasileira 28,0% maior que o registrado no ano passado.
O presidente da ABPA disse ainda que o Brasil "tem feito a lição de casa" na conquista de mercados para a carne de frango. Na avaliação dele, a gripe aviária, que atinge vários países, gerou demanda pelo produto brasileiro. Turra mencionou que, enquanto os Estados Unidos - um dos que têm sofrido os efeitos da gripe aviária - estão exportando 14,0% a menos enquanto o Brasil passou a ser mais demandado.
"O Brasil tem frango em 157 países porque tem qualidade e sanidade", afirmou, destacando as negociações para a liberação da Rússia. Outros mercados citados por ele foram Mianmar, Paquistão e Malásia.
Suínos
Sobre as exportações de carne suína, Turra disse que o importante para o setor é consolidar a participação no Japão e aumentar a presença na União Europeia. Outros mercados prioritários para o produto são México e Coréia do Sul, em fase de negociação, e África do Sul, que recentemente, anunciou a liberação da carne suína brasileira.
Fonte: Globo Rural. Por Raphael Salomão. 3 de setembro.
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