A Rússia habilitou 26 plantas brasileiras de lácteos para exportação. Segundo a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o potencial inicial desse mercado é de US$22,00 milhões por ano - estimativa que ela considera conservadora diante do tamanho do mercado.
Em julho, Kátia Abreu havia declarado que só em leite em pó o Brasil poderia absorver US$600,00 milhões em dois anos no mercado russo.
A ministra contou ainda que a China reconheceu o certificado sanitário brasileiro e, agora, o governo espera que empresas se apresentem para fazer essas vendas. A expectativa é de que o país asiático compre R$45,00 milhões por ano em produtos lácteos. "No Brasil, existe a fama de que o leite tem preço ruim ou muito ruim e a possibilidade de exportar e importar, só esse fluxo de entrada e saída, dará sustentação para o preço interno. A gente vai dar um alívio para essa cadeia produtiva", disse a ministra, em Brasília (DF).
Kátia Abreu informou ainda que o Brasil deve iniciar negociações com o México e com o Canadá sobre carne bovina in natura. Em outubro, será dado início a conversas bilaterais com esses dois países.
Segundo ela, os mexicanos também teriam interesse em carne de aves. Ela relatou ainda que a expectativa é a de que o México renda R$165,00 milhões em exportações anuais de carne bovina in natura; o Canadá, US$190,00 milhões. "São mercados expressivos", ponderou a ministra. Além desses dois países, a ministra informou que existem negociações com outros 14 em andamento cujo potencial de exportação é de US$1,19 bilhão por ano.
O maior deles é a abertura de carne bovina in natura para o Japão, que pode gerar vendas de até US$501,00 milhões. A ministra disse ainda que a Arábia Saudita sinalizou que porá fim ao embargo de carne bovina in natura. A minuta do acordo está pronta e falta apenas a assinatura. Esse embargo está em vigor desde 2012 em função de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca.
Fonte: Estadão Conteúdo. 10 de setembro de 2015.
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