Após o anúncio de corte na verba do agronegócio brasileiro na segunda-feira (14/9), o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa, acordou de "ressaca, como todos os brasileiros". Durante o 4º Fórum Caminhos da Safra 2015, evento anual da Revista Globo Rural que discute o escoamento da produção brasileira, ele afirmou que a economia forçada deve atingir diretamente a logística e a infraestrutura.
"A sensação é de falta de coordenação do governo, como vimos ontem. Você começa a olhar a questão dos riscos (que o corte significa). Não temos conseguido nos livrar dos custos que o agro carrega nas costas, mas é um risco que parece cada vez maior. A logística, os portos, o planejamento do setor começa pela estrutura dos portos em um país que tende a ser o maior o exportador como o Brasil", opinou durante sua fala no evento.
O corte vai manter centralizada em alguns pontos do Brasil a armazenagem da safra, que no interior tem estrutura deficitária. "Você olha a questão do transporte, escoamento, e transporte da fazenda, as perdas pela falta de armazenamento nas propriedades. Isso mostra que a armazenagem que temos hoje no interior é metade do que seria. A gente tem uma capacidade maior do que precisaria, mas muito mal distribuída", complementa Corrêa.
Ele lembrou também da falta de iniciativas em energia de fontes alternativas e abundantes no país, que gerariam energia para a agropecuária e diversos setores da economia. "A energia, que tem relação direta com custo, nós vemos faltando Norte e Sul do país. Temos capacidade para biomassa, que ainda não consegue ser utilizada por falta de política publica".
Fonte: Globo Rural. Por Teresa Raquel Bastos. 15 de setembro de 2015.
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