Os preços do milho se mantêm em alta no mercado interno brasileiro, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Considerando o atual ritmo de negociações da safra colhida neste ano, as exportações ainda não reagiram como o esperado, dizem os pesquisadores. Mas o dólar valorizado estimula a elevação das cotações, já que sustenta a paridade das vendas externas.
"Tanto vendedores quanto importadores estão aproveitando para fechar novos contratos de exportação. Com isso, diminui a oferta no spot, favorecendo o aumento das cotações no mercado interno", diz o CEPEA, em nota divulgada na segunda-feira (28/9).
A expectativa dos pesquisadores é a de que os embarques de milho para o exterior se mantenham em níveis elevados. Diante do cenário, o indicador ESALQ/BM&FBovespa, que serve de referência para os contratos futuros do cereal na bolsa brasileira, acumulam alta de 15,4% neste mês (até o dia 25/9). Na última sexta-feira (25/9), a cotação fechou a R$32,51 a saca de 60 quilos.
Soja
Ainda de acordo com o CEPEA, mesmo preocupados com a baixa umidade em algumas regiões, produtores mantêm as atividades de plantio da safra de soja 2015/16. No mercado, as cotações atuais estão, em média, 15,0% a 30,0% maiores do que as registradas em setembro do ano passado. O indicador ESALQ/BM&FBovespa acumula alta de 7,5% neste mês (até o dia 25/9). Na última sexta-feira (25/9), a cotação foi de R$83,27 a saca de 60 quilos.
"Se não fossem as elevações nos custos de produção quase na mesma intensidade, produtores estariam mais otimistas. Dados apontam custos operacionais entre 15% e 20% maiores que os da temporada passada. Produtores que adquiriram os insumos mais recentemente claramente terão custos superiores, entre 25,0% e 30,0% maiores que os da safra 2014/15", diz a instituição.
Fonte: Globo Rural. 28 de setembro de 2015.
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