As exportações brasileiras somaram US$144,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2015, valor 16,7% menor em relação ao mesmo período de 2014. Já as importações atingiram US$134,2 bilhões, valor 23,0% menor que as compras externas no mesmo período do ano passado. Dessa forma, a balança registrou superávit de US$10,2 bilhões no período. Apesar dos saldos mensais terem sido positivos e crescentes desde abril, a corrente de comércio apresenta queda de 19,9% no acumulado de 2015.
Tal cenário mostra que, até o momento, as transações brasileiras de comércio exterior (exportação + importação) registram queda de US$69,3 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da balança comercial foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) no dia 1o. de outubro.
A China foi o principal destino das exportações brasileiras, sendo responsável por 20,0% do valor total exportado pelo país, US$28,9 bilhões. Em segundo lugar está a União Europeia, somando US$25,6 bilhões (17,7%), seguida por Estados Unidos, US$18,3 bilhões (12,7%) e Argentina, US$9,8 bilhões (6,8%).
Na análise da pauta exportadora, os produtos do agronegócio continuam em destaque. Ocupando a primeira posição nas exportações totais do país, a soja em grão obteve US$19,1 bilhões em receitas. As exportações de soja em grão, carne de frango (US$4,7 bilhões), farelo de soja (US$4,5 bilhões), café em grão (US$4,1 bilhões), carne bovina (US$3,3 bilhões), milho em grão (US$2,2 bilhões), fumo em folhas (US$1,6 bilhões) e carne suína (US$867 milhões), foram responsáveis por 28,5% do valor total exportado no período.
O milho em grão foi o destaque, com crescimento de 1,2% em valor. Essa variação demonstra, em parte, o ótimo de desempenho da produção do milho safrinha em 2015. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima crescimento de 4,1% na área plantada e 8,2% na produtividade para a safrinha de milho 2014/2015. Esses fatores contribuíram para o aumento de 12,6% na produção, que deverá alcançar 54,5 milhões de toneladas. A estimativa é que a safrinha corresponda a 64,3% da produção total de milho, 84,7 milhões de toneladas.
A valorização do dólar frente à moeda nacional elevou a competitividade do milho brasileiro no mercado externo, principalmente em relação aos EUA. O indicador de preços do milho ESALQ/BM&F Bovespa fechou o mês de setembro em R$33,69, um crescimento de 19,6% no mês. Outros produtos do agronegócio que apresentaram aumento no valor exportado são: celulose (+3,2%), madeira serrada (+13,6%), laminados planos (+59,5%) e papeis e cartões (+1,3 %).
Fonte: CNA. 6 de outubro de 2015.
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