Mesmo depois de, em setembro passado, ter superado recorde que se mantinha desde agosto de 2012, o custo de produção do frango continuou em alta. Em outubro último chegou à casa dos R$2,65/kg, valor que representa aumento de quase 12,0% sobre o velho recorde, imbatível por mais de três anos.
Os dados são do levantamento mensal efetuado pela Embrapa Suínos e Aves e mostram que em relação ao mês anterior o acréscimo no custo ocorrido em outubro foi incisivo, ficando próximo dos 7,0%. Entretanto, bem mais forte foi a variação anual, pois, comparado com o valor levantado um ano atrás, em outubro de 2014, o incremento (assustador) chega a quase 30,0%. Culpa, essencialmente, das matérias-primas (milho e farelo de soja) que (dados de mercado para o interior de São Paulo) alcançaram em outubro os maiores preços dos últimos três anos.
Uma vez que esses resultados têm como parâmetro aviário com climatização positiva situado no estado do Paraná, não cabe compará-los com o preço recebido pelo produtor local, pois a produção paranaense se encontra, praticamente, totalmente integrada.
Mas vale, para simples comparação (e uma vez que tais resultados não devem ser muito diferentes), utilizar os valores recebidos pelo produtor de frangos do interior paulista (e que, por sinal, continuam sendo adotados como referência nacional para avaliação do mercado de frangos).
Pois bem: alcançando em outubro preço médio pouco superior a R$2,98/kg, o frango vivo valorizou-se apenas 3,8% em relação ao mês anterior, enquanto em relação a outubro de 2014 obteve incremento próximo, mas inferior, a 8,5%.
Os índices de retorno, portanto, vêm sendo bem menores do que está sendo investido. Apesar de, no momento, os preços recebidos pelo frango vivo também atingirem valores recordes. Os recordes, no entanto, são apenas nominais.
Fonte: Avisite. 19 de novembro de 2015.
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