A produção agrícola deve crescer 60,0% nos próximos 25 anos. Essa evolução deverá vir mais do rendimento do que do aumento de área.
É um grande desafio, principalmente devido às incertezas que virão das mudanças climáticas.
A avaliação é do departamento de rural da União Europeia, com base em dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).
O crescimento da produção já se deu com base no rendimento das culturas. No início dos anos 1960, a agricultura utilizava 34,0% das áreas da terra. Atualmente, são 38,0%. E a produção atual de alimentos, em relação à de 50 anos, deu um salto.
Mas, se o crescimento da produtividade deve continuar, o setor vai encontrar vários obstáculos para manter o aumento da oferta. Entre eles, a utilização de terra para urbanização, industrialização e aumento da infraestrutura de transporte.
Outro desafio é que parte das novas áreas tem menor fertilidade, enquanto outras serão mantidas para preservação ambiental.
Nos últimos 50 anos, as áreas destinadas à produção de grãos aumentaram 300 milhões de hectares, elevando o espaço dos cereais para 650 milhões. Alguns deles, como o trigo, não mantêm crescimento. Outros, como o milho, avançam.
Na avaliação da UE, há uma mudança na utilização dos alimentos produzidos, com aumento da industrialização no setor. Enquanto 62,0% desses produtos vão para o consumo humano, outros 35,0% são destinados à produção de ração animal.
São 1,4 bilhão de suínos, 1 bilhão a mais do que há 50 anos. Já as aves somam 64 bilhões, 50 bilhões a mais.
Fonte: Folha de S. Paulo. 1 de dezembro de 2015.
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