Os economistas das instituições financeiras voltaram a elevar sua estimativa de inflação para 2016, que atingiu a marca dos 7,0%, informou o Banco Central. Antes, a previsão estava em 6,9%.
O levantamento divulgado na segunda-feira (18/1) foi feito pela autoridade monetária com mais de 100 instituições financeiras na semana passada e deu origem ao relatório conhecido como Focus.
Com isso, o mercado financeiro prevê que a inflação ficará, novamente, acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro neste ano - algo que já aconteceu em 2015. A meta central de inflação é de 4,5% neste ano e em 2017.
Para 2017, a previsão do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 5,2% para 5,4% na semana passada, se distanciando ainda mais da meta central no ano que vem.
Em 2015, a inflação ficou em 10,7%, a maior taxa desde 2002, ou seja, em 13 anos. De acordo com o IBGE, o maior impacto do ano na análise individual dos itens – não dos grupos – partiu da energia elétrica e dos combustíveis.
Recentemente, o BC informou que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (abaixo de 6,5%) e, também, fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017. O mercado financeiro, porém, ainda não acredita que isso acontecerá.
Produto Interno Bruto
Para o PIB de 2016, o mercado financeiro manteve a estimativa de uma contração de 2,9% na semana passada.
Como o mercado segue estimando "encolhimento" do PIB em 2015, se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem início em 1948.
Fonte: G1. 18 de janeiro de 2016.
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