Estimativas divulgadas na quinta-feira (18/2) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontam grandes avanços do Brasil na soja, nas carnes e no algodão.
Mas, assim como o USDA prevê bons caminhos para esses produtos, não leva em consideração o grande avanço que o país vem obtendo nas vendas externas de milho. Elas deverão ficar estáveis nos próximos dez anos.
O grande salto fica por conta da soja, cujo volume a deixar o país em dez anos será de 76,40 milhões de toneladas, 35,0% mais do que o atual.
Do outro lado, o ex-líder em exportação da oleaginosa, os Estados Unidos, terão um avanço de apenas 5,0% no volume exportado.
A participação brasileira no mercado mundial sobe para 47,0%, ante os 44,0% atuais. Já a dos norte-americanos recua para 33,0%, ante os 39,0% atuais.
Em termos percentuais, o melhor desempenho brasileiro fica para o algodão.
A estimativa dos USDA é que as exportações atinjam 1,7 milhão de toneladas na safra 2025/26, uma evolução de 93,0% até lá.
No setor de carnes, o Brasil manterá liderança no setor de frango, cujas vendas externas somarão 5,4 milhões de toneladas em 2026, uma evolução de 32% no período.
Esse volume dará ao país uma participação de 45,0% do mercado externo total. Os Estados Unidos, cuja participação cairá para 34,0%, vão exportar 4,10 milhões de toneladas.
Nos números do USDA, o Brasil exportará 2,6 milhões de toneladas de carne bovina em dez anos, 44% mais do que atualmente. Já as exportações de carne suína sobem para 830 mil toneladas, 43,0% mais.
As exportações totais do setor de agronegócio dos Estados Unidos atingirão US$176,00 bilhões em 2025. As importações, US$6,00 bilhões a menos.
Para este ano, o USDA projeta exportações de US$132,00 bilhões, com importações de US$122,00 bilhões para os Estados Unidos.
Fonte: Folha de São Paulo. 19 de fevereiro de 2016.
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