O Comando Nacional do Transporte (CNT) convocou para o próximo dia 11 de março uma nova paralisação dos caminhoneiros. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, maior segurança, redução de 40,0% do valor do óleo diesel, aposentadoria para motoristas aos 25 anos de trabalho e piso salarial nacional para empregados, dentre outras reivindicações.
O protesto está marcado para um ano após as fortes manifestações que literalmente pararam o País. Dessa vez, porém, a CNT afirma que a intenção do movimento é apenas paralisar as atividades, sem efetuar o bloqueio de rodovias.
Mesmo assim, “o movimento poderá novamente comprometer a logística das empresas e indústrias brasileiras neste cenário deliciado da economia do país”, avalia Luiz Fernando Conceição. O administrador de empresas é componente do Task Force de Logística do escritório A. Augusto Grellert Advogados Associados.
“Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte indica que 44,8% dos caminhoneiros estão endividados, em razão do preço do combustível, sendo que para 46,4% dos entrevistados, o custo do combustível é o maior entrave para a profissão e para 40,1%, o valor do frete não cobre as despesas”, lembra ele.
Na avaliação do especialista, a paralisação “afetará, sobretudo, o setor logístico, vez que transportadoras e centros de distribuição podem ter suas atividades inviabilizadas. Além disso, seus reflexos podem atingir, inclusive, outros setores vitais à economia brasileira, tal como a indústria e o varejo, os quais já atravessam um delicado momento econômico”.
Fonte: Agrolink. Leonardo Gottems. 4 de março de 2016.
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