Impulsionada pela soja, a projeção para a safra 2015/2016 teve nova alta. Para a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de grãos brasileira deve alcançar 210,31 milhões de toneladas, volume que corresponde a um crescimento de 1,3% (ou 2,6 milhões de toneladas a mais em relação à safra 2014/15, que foi de 207,7 milhões). Na quinta-feira (10/3), o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) também divulgou sua previsão: 211,3 milhões de toneladas, uma variação de 0,9% a mais do que 2014/15.
De acordo com o IBGE, a estimativa da área a ser colhida é de 58,4 milhões de hectares, um acréscimo de 1,2% frente à área colhida em 2015. Em comparação com janeiro, a produção variou positivamente 0,3% enquanto a área retraiu 0,2%. "O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,8% da estimativa da produção e responderam por 86,4% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,7% na área da soja", aponta o instituto.
A soja também é apontada como destaque na pesquisa da CONAB, feita entre os dias 21 e 27 de fevereiro. A produção deverá atingir 101,18 milhões de toneladas, cinco milhões a mais do que na safra anterior, graças aos ganhos de área de 3,6% e do aumento de produtividade de 1,5%.
A produção total de milho (são duas por ano) está estimada em 83,52 milhões de toneladas, com uma redução de 1,4% ou 1,2 milhão de toneladas a menos na comparação com a safra 2014/2015. "O crescimento de área plantada do milho segunda safra não foi suficiente para recuperar a redução de 6,1% da produção da primeira, que alcança 28,24 milhões toneladas (queda de 6,1% ante 2014/15, que foi de 28,35 milhões de toneladas)", afirma a CONAB.
Outras culturas
Segundo a CONAB, a recuperação da produtividade do feijão primeira safra refletiu em um aumento de 114 mil toneladas na safra, que deve alcançar 1,25 milhão de toneladas, apesar da queda de 3,7% na área plantada. "Já o algodão em pluma tem previsão de queda de 4,3% na produção, atingindo 1,50 milhão de toneladas, em virtude da redução de área, sobretudo no Nordeste", diz a CONAB.
Para o IBGE, a primeira safra de feijão está estimada em 1,50 milhão de toneladas, o que representa uma diminuição de 2,8% frente à estimativa de janeiro, refletindo a queda na previsão do rendimento médio (2,4%) e da área colhida (0,4%). A diminuição na expectativa de produção da primeira safra de feijão deve-se, principalmente, ao Paraná, onde houve redução de 0,2% na área plantada, de 12,5% no rendimento médio e de 12,7% na estimativa da produção. A estimativa da produção nacional de feijão segunda safra totaliza, pelo levantamento de fevereiro, 1,3 milhão de toneladas, 2,0% menor que a estimativa de janeiro.
Com referência ao milho primeira safra, houve uma redução de 6,4% na área (395,40 mil hectares), a ser coberta com o plantio de soja, enquanto que para o de segunda safra a expectativa é de pequeno aumento de 1,8% (169,10 mil hectares), na CONAB. Para o estudo do IBGE, a produção de milho deve ser 2,2% superior que no mês anterior, totalizando 82,70 milhões de toneladas.
Fonte: Estadão. 10 de março de 2016.
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