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Combatendo a lesão, grande vilã da pecuária


Quinta-feira, 24 de março de 2016 - 05h30

Lesões nas carcaças bovinas, que são decorrentes de erros de manejo com os animais no campo e no transporte até o frigorífico, acarretam perdas não só econômicas, mas também na qualidade da carne, comprometendo a rentabilidade da atividade e a credibilidade do produto perante o consumidor.

Um trabalho feito na Universidade Federal do Paraná (UFPR) pela zootecnista e responsável técnica de avaliação de carcaças bovinas do Frigorífico Argus, de São José dos Pinhais (PR), Fernanda Aparecida Fragoso Moizes, e pelo professor Paulo Rossi, identificou que das 345 mil carcaças avaliadas de março de 2010 até maio de 2014, 21,9% das carcaças de fêmeas e 8,7% dos machos apresentavam machucaduras.

Em 37 dias, a equipe coletou todas as aparas de machucaduras, que foram pesadas com objetivo de quantificar a perda econômica. “Os 11.206 animais, que totalizaram 3,2 mil toneladas de carcaça e 9,9 toneladas de carne com machucaduras, representam perdas de R$69,2 mil. Pode-se resumir em uma única palavra: prejuízo”, lamenta Fernanda Moizes.

A perda fica dividida entre o pecuarista e o frigorífico. Além disso, lesões interferem na qualidade do que chega ao consumidor final, pois um corte com machucadura apresenta aspecto ruim. A apara já feita gera uma peça menor e sem padrão, que será rejeitada pelos consumidores mais exigentes. E quanto mais grave for a lesão, maior será a perda.

É possível conseguir um melhor aproveitamento da carcaça e até mesmo em sua totalidade, mas isso não é uma via de mão única e não depende de apenas um elo da cadeia. O empenho deve ser do pecuarista, do transporte e do frigorífico.

Fonte: Gazeta do Povo. Beckhauser, 23 de março de 2016.


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