O governo chinês anunciou na terça-feira (29/3) que pretende acabar com a política de preço mínimo para o milho no mercado interno do país. A medida torna os preços domésticos superiores aos do mercado internacional, resultando em estoque excedente, já que a produção é maior do que o consumo.
Ainda não foi divulgado quando o governo pretende implementar a nova política. O que se sabe é que o governo passará a comprar o cereal a preço de mercado, oferecendo outros subsídios aos produtores, conforme informado pelo Departamento de Grãos do país em seu site oficial.
Na China, uma tonelada de milho custa em torno US$ 92,40 a mais do que no mercado internacional, segundo cálculos do Departamento. A mudança faz parte dos planos do governo chinês de reformar o setor agrícola do país, numa tentativa de diversificar a produção e melhorar a eficiência. Medidas similares já foram adotadas anteriormente, quando em 2014 foi removido o preço mínimo do algodão.
Para o economista Gorin Tobey, responsável pela área de agronegócio no Commonwealth Bank of Australia, a medida pode provocar impacto negativo na demanda pelo milho norte-americano, já que os estoques chineses deverão ser disponibilizados no mercado internacional.
Fonte: Globo Rural. 29 de março de 2016.
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