Depois de uma reação no primeiro bimestre de 2016, as exportações de gado em pé despencaram nos meses de março e abril deste ano. Segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, foram embarcados 30,74 mil bovinos vivos ao exterior no segundo bimestre de 2016, recuo de 36,0% em relação a igual período do ano passado.
No faturamento, o tombo foi maior. A receita saiu de US$48,60 milhões em 2015 para apenas US$17,60 milhões neste ano, queda de 63,7%. O pior mês foi março, quando a queda de volume foi de 61,0% e a de faturamento foi de, aproximadamente, 75,5%.
Fator Venezuela - Assim como no ano passado, o péssimo resultado das exportações está ligado à crise na Venezuela, principal comprador de gado vivo do Brasil. O país importou apenas dois mil animais no segundo bimestre deste ano, o que representa apenas 7,5% do volume embarcado em 2015 - quando o país já estava em crise.
No ano passado, a Venezuela comprou 26,50 mil cabeças de gado vivo do Brasil em março e abril, cerca de 86,0% do volume total exportado pelo País no primeiro bimestre deste ano. Em 2014, o país havia comprado 115,60 mil animais no segundo bimestre, quase 53,0% a mais do que o volume total embarcado pelo Brasil nos quatro primeiros meses deste ano.
Outros mercados - Outro destino que reduziu suas compras foi o Líbano, reconhecido como comprador “eventual”. No bimestre março-abril, os libaneses importaram 3,45 mil cabeças de gado vivo do Brasil, queda de 34,0% em relação ao segundo bimestre de 2015. A Jordânia, que havia adquirido 8,78 mil cabeças entre março e abril do ano passado, não comprou nada do Brasil no mesmo período deste ano.
Os principais compradores de gado em pé no segundo bimestre deste ano foram Turquia e Bolívia.
Os turcos importaram 16,53 mil animais em março e abril, mais da metade do total exportado pelo País no período. Já para a Bolívia foram 4,72 mil reses.
Fonte: Portal DBO. Alisson Freitas, 18 de maio de 2016.
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