O Valor Bruto da Produção (VBP) para as 20 principais lavouras brasileiras em agosto indicam ligeira tendência de alta em 2010, em relação ao ano passado. O VBP está estimado em R$ 163,8 bilhões, 0,18% a mais do que em 2009, cujo resultado foi de R$ 163,5 bilhões. A análise é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, e foi atualizada com base nos levantamentos de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme comunicado da assessoria do ministério, entre os 20 produtos estudados, oito apresentam valores de produção maiores do que no ano passado: banana (6,12%), batata inglesa (24,75%), cacau (2,66%), café (22,73%), cana-de-açúcar (10,76%), cebola (124,22%) e trigo (8,84%). O coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, informa que o aumento de preços observado nesses produtos, em especial para a cana e o café, aliados ao aumento considerável de produção, estão sendo decisivos para garantir a renda da agricultura em 2010.
No conjunto de lavouras que vêm apresentando redução do valor da produção estão arroz (18,77%), feijão (18,23%), soja (3,36%), milho (10,07%) e uva (32,25%). Como esses produtos, especialmente os três primeiros, têm grande importância na formação do valor da produção e da renda da agricultura brasileira, os resultados têm grande impacto nos ganhos do setor.
Gasques observa que a recente tendência de recuperação de preços de alguns produtos, como milho, soja e trigo, vai aumentar o valor em 2010. De acordo com ele, os preços para o cálculo neste mês, com exceção do café, são de maio. É possível que o resultado final seja ainda maior, informa.
As estimativas para o valor da produção regional mostram valores menores do que em 2009 nas regiões Nordeste (-3,2%), prejudicada pelos resultados de Ceará e Bahia, e Centro-Oeste (-16,2%), influenciada pelas quedas em Mato Grosso (-18,5%) e Goiás (-16%). Os baixos preços do arroz, milho e soja predominaram no resultado de Mato Grosso e o decréscimo de Goiás foi marcado pelos preços reduzidos do milho, soja e tomate.
Fonte:
Agência Estado. 14 de setembro de 2010.
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