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Agronegócio ganha segundo posto na contribuição ao PIB


Sexta-feira, 1 de outubro de 2010 - 09h40

O agronegócio e o apetite do governo por impostos devem crescer em 2010 acima do que o Banco Central (BC) previa no início do ano. Já a expansão da indústria deve sofrer ligeira contração, embora aponte para o elevado nível de 10,9% sobre 2009. Embora tenha mantido a projeção de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) em 7,3% para este ano, alguns componentes foram revistos pela autoridade monetária no Relatório de Inflação de setembro, em relação ao que previa em junho último. O texto aponta que a despeito da lenta recuperação da economia global, o forte desempenho da demanda doméstica deve garantir o atual ciclo expansionista da economia brasileira. A previsão do BC para o crescimento da agropecuária subiu de 5,4% para 6% no ano. De forma que o setor passa a ser o segundo a impulsionar o dinamismo econômico do país, Já a expansão da indústria desceu de esperados 11,6% em junho para 10,9% agora. A extrativa mineral foi reestimada de 9,4% para alta de 11,8%. Mas o recuo ocorrido no segundo trimestre afetou a projeção para a indústria de transformação, que deve crescer agora 11% segundo o BC, e não os 12,3% de antes. Para a construção civil, a alta foi cortada de 13,3% para 12,1%. Outro ajuste fino foi feito para a evolução positiva do setor de serviços, de 5,3% para 5,2%, de acordo com o documento. O comércio deve crescer um pouco menos, em 8,6%, ante 9% da projeção anterior. Os impostos sobre produtos devem subir 10,5% sobre o ano passado, segundo o BC, que projetava 9,8% de alta no relatório de junho. O consumo do governo também sobe para 3,7%, contra 3,2% de crescimento previsto anteriormente. A contribuição negativa do comércio exterior foi elevada de 1,7 ponto percentual para 2,6 pontos no PIB, por evolução menor das exportações (9,4%) e maior (32,1%) das importações sobre 2009. Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo, devem crescer 17,5%. No relatório de junho o BC previa 17,1%. Fonte: Valor Econômico. Por Azelma Rodrigues. 30 de setembro.
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