O volume das exportações brasileiras de carne suína desacelerou 8,15% no acumulado do ano até setembro, em relação ao mesmo período de 2009. Mas com preços mais altos do produto exportado a receita gerada pelas vendas externas no mesmo período subiu 13,66%, superando US$ 1 bilhão, segundo a Abipecs, associação dos exportadores.
A entidade mostrou que os embarques brasileiros de carne suína totalizaram 412,16 mil toneladas entre janeiro e setembro de 2010 ante 448,73 mil toneladas exportadas durante o mesmo período em 2009, informou nesta sexta-feira a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
No acumulado de 2010, o preço médio do produto exportado é de US$ 2,44 mil a tonelada, contra US$ 1,98 mil no mesmo período do ano anterior (alta de cerca de 24%), o que explica o aumento na receita - no ano passado, de janeiro a setembro, as exportações somaram US$ 887,86 milhões.
Os principais mercados para a carne suína brasileira continuaram sendo a Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Angola.
Em setembro, os embarques totais de carne suína do Brasil também recuaram em volume para 51,01 mil toneladas, ante 59,67 toneladas no mesmo mês de 2009, o equivalente a uma queda de 14,52%. A receira gerada pelas vendas em setembro subiu 6%.
Com a relação a Rússia, no entanto, as vendas recuaram 11,02% em volume no mês passado, para 22,81 toneladas, e aumentaram 12,48% em valor.
Mercado interno
Segundo a Abipecs, o mercado interno está aquecido, com as vendas crescendo mais rápido que o esperado principalmente para produtos industrializados, uma vez que os preços mais elevados para a carne bovina estão perdendo espaço para a carne suína e seus derivados.
A associação acrescentou que o estoques do produto estão em níveis muitos baixos para a época do ano, enquanto a produção permanece estável em torno de 3,2 milhões de toneladas (base anual).
"A elevação dos preços deixa pouca margem de negociação no mercado externo. Isso, associado ao câmbio desfavorável, tira a competitividade do produto brasileiro. Diante dessa situação, os exportadores optam por vender no mercado interno, onde o produto está mais valorizado", afirmou Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs.
Fonte:
Associação Brasileira de Indústrias Produtoras de Carne Suínas. Por Agência Routers Brasil. 13 de outubro de 2010.
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