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Scot Consultoria

Desregulamentação em curso no país


Quinta-feira, 21 de outubro de 2010 - 09h46

A Índia está tentando implementar um programa de desregulamentação de seu segmento canavieiro, que hoje tem forte intervenção governamental. As indústrias do país precisam de autorização para exportar e são obrigadas a vender 10% da produção mensal para o governo, que define os preços desses volumes que são destinados à população abaixo da linha de pobreza, que gira em torno de 27,5% dos habitantes). "No Brasil, esse processo demorou sete anos. Na Índia, também será longo", disse Narendra Murkumbi, CEO da Shree Renuka Sugars, uma das maiores refinarias de açúcar da Índia e que já está entre os dez maiores grupos sucroalcooleiros presentes no Brasil. As indústrias indianas esperam ter liberdade para exportar açúcar, serem regidas pelo "mercado" e poderem fazer a gestão de risco do negócio. O executivo acredita que a Índia deverá se tornar o maior centro mundial de refino de açúcar da Ásia, e que o Brasil tende a se concentrar na exportação de açúcar bruto. "A Índia tem a maior capacidade de refino do mundo, com usinas localizadas estrategicamente na região portuária. Tem também a melhor localização geográfica para atender aos mercados asiáticos". Na safra passada (2009/10), a Shree Renuka importou para a Índia 900 mil toneladas de açúcar do Brasil para refinar. Esse volume deve alcançar 1,2 milhão de toneladas em 2010/11. No Brasil, a companhia indiana tem quatro usinas de açúcar e álcool e vai processar 11 milhões de toneladas de cana nesta temporada. A empresa, que há cinco anos tem capital aberto na bolsa da Índia, não descarta abrir o capital também no Brasil no longo prazo. Em setembro passado, a Shree Renuka fez uma joint venture com a Hindustan Petroleum Corporation (HPCL), uma das companhias indianas de petróleo, para a construção de uma indústria para processar cerca de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, com produção de açúcar e etanol. Os investimentos devem somar US$ 80 milhões. A Shree Renuka tem participação de 76% na joint venture. No total, a indústria açucareira da Índia têm capacidade para processar de 29 milhões a 30 milhões de toneladas de cana por safra, mas para atingir esse capacidade o país precisa vencer o desafio com mão de obra e uso de tecnologia. Os cortadores de cana no país retiram a matéria-prima do campo sem queima ou máquinas, apenas desfolhando a cana. (FB) Fonte: Valor Econômico. 20 de outubro de 2010.
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