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ADM avalia vender sua participação em usina no Brasil


Quinta-feira, 28 de outubro de 2010 - 09h26

A multinacional americana Archer Daniel Midland (ADM), maior produtora de etanol de milho do mundo, avalia se desfazer de seu ativo alcooleiro no Brasil. Segundo apurou o Valor, a companhia deverá colocar à venda a participação de 49% que mantém na usina Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro. Os 51% restantes pertencem ao ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera. A gigante americana, uma das quatro maiores tradings de grãos do planeta, tem até o direito de preferência para adquirir a fatia de Cabrera, mas já não demonstrou interesse em exercê-lo. Fontes próximas à parceria afirmam que foi o primeiro passo para pavimentar o caminho de saída da sociedade. Procurada, a ADM limitou-se a informar que "não comenta rumores e especulações". O ex-ministro, que estaria procurando outro sócio, também preferiu não conceder entrevista. ADM e Cabrera também estão juntos em um projeto "greenfield" (construção a partir do zero) em Jataí (GO). Este ainda não saiu do papel, e o novo sócio estratégico será vital para que as obras de fato tenham início. Os projetos de Limeira do Oeste e Jataí, anunciados em 2008, marcaram a estreia da ADM no segmento sucroalcooleiro brasileiro. Em Jataí ainda não houve investimentos, mas a unidade de Limeira do Oeste tem capacidade para processar 3 milhões de toneladas de cana por safra. Com base nessa capacidade e um valor de venda estimada em US$ 120 por tonelada de cana, a venda da participação da múlti poderá ser fechada por cerca de US$ 360 milhões. Fontes da área afirmam que já há negociações em curso para a transferência da fatia americana, e que elas ganharam corpo nos últimos dias. Cinco grupos estão no páreo, entre os quais o belga Alco Group (Alcotra) e o Noble. Ambos também foram procurados pelo Valor e preferiram não se pronunciar a respeito. Nas conversações, Cabrera admitiu reduzir sua participação na usina do Triângulo Mineiro de 51% para 20% No caso da unidade de Jataí, a que continua no papel, a capacidade de moagem foi projetada para processar 2 milhões de toneladas. Inicialmente o foco deverá estar na produção de etanol e na cogeração de energia a partir do bagaço de cana. Os investimentos previstos chegam a R$ 500 milhões. No Brasil desde 1997, a ADM é a terceira maior processadora de soja e a segunda maior processadora de cacau do país. O grupo opera quatro fábricas de processamento de soja com refinarias, uma processadora de cacau e três misturadoras de fertilizantes. A múlti também é dona da maior planta de biodiesel do Brasil. Localizada em Rondonópolis (MT), a fábrica começou a rodar em escala industrial em janeiro de 2008. O grupo também produz farelo voltado para a produção ração animal e óleo destinado ao consumo humano. (Colaborou FB) Fonte: Valor Econômico. Por Mônica Scaramuzzo. 27 de outubro de 2010.
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