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Scot Consultoria

Indústria prevê melhora com novo conselho


Quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 - 09h36

A criação do Consecitrus (Conselho Estadual de Citricultura), que irá direcionar as relações entre os citricultores e a indústria esmagadora, servindo de base para a definição do preço da fruta, deverá também aumentar a participação do produtor na quantidade de laranja que é enviada para processamento nas fábricas. A opinião é do diretor corporativo da Cutrale, Carlos Viacava. "No setor canavieiro, a criação do conselho permitiu o aumento de produção de cana por parte dos fornecedores. Acho que com a laranja isso deve ocorrer de forma parecida." Para Viacava, com o Consecitrus, o setor deixaria de focar na transação entre citricultor e indústria, já que o preço pago pela fruta estaria estabelecido previamente. "Com isso, o citricultor vai focar na produção." No caso da Cutrale, a laranja que sai de pomares "independentes" já é maioria -atualmente, só 35% da fruta processada na safra sai de fazendas da própria companhia. Até o próximo dia 17, a CitrusBR realiza uma série de encontros com citricultores das regiões de Cordeirópolis, Araraquara, São José do Rio Preto, Bebedouro e Itápolis (SP) para discutir a formação do Consecitrus. Está prevista a criação de uma fórmula fixa para remunerar os produtores, como acontece com a cana. No caso da cana, o ATR (açúcar total recuperável) é usado como base para essa fórmula. Para a laranja, a base seria o "sólido solúvel", que mede a concentração de extrato da fruta para a produção de suco. O presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores), Flávio Viegas, diz que a criação de uma fórmula de preço para o setor é viável, mas precisa ser feita de maneira equilibrada -balizada principalmente no custo de produção da laranja. Fonte: Folha de S. Paulo. 30 de novembro de 2010.
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