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Scot Consultoria

Marfrig tem 3 mil vagas, mas faltam candidatos


Quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 - 09h38

O presidente da Marfrig Alimentos, Marcos Molina dos Santos, afirmou hoje, em seminário promovido pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais, que faltam alguns gargalos a resolver para que o Brasil continue crescendo. "Precisa melhorar a logística, os portos, ter mais investimento em mão de obra e resolver o problema do câmbio." Quanto à mão de obra, o executivo citou como exemplo uma situação vivenciada pela empresa. "Estamos com três mil vagas disponíveis, principalmente de chão de fábrica, e não há gente para completá-las", afirmou. "Nós estamos crescendo e começa a faltar mão de obra nas unidades." Segundo o diretor de Planejamento e Relações com Investidores da companhia, Ricardo Florence, as três mil vagas abrangem o complexo Seara/Marfrig, que totaliza 34 unidades (14 da Seara e 20 da Marfrig) em 15 Estados brasileiros, em várias funções. "As vagas são para atender tanto a demanda interna quanto a externa e têm a ver também com a nossa expansão em bovinos, frangos e suínos no Brasil", explica Florence. Segundo ele, além de faltar pessoas nas cidades em que a empresa atua, "geralmente de densidade populacional pequena", ocorre competição com a indústria local. No Brasil, a companhia emprega 50 mil pessoas e globalmente são 90 mil funcionários. O conselheiro da Marfrig Alimentos e ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, que também participou do evento, disse que a empresa está tranquila em relação ao novo governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT). "As regras do jogo econômico deverão ser respeitadas. Tenho certeza de que o risco Brasil convergirá ou para o zero ou para patamares de países desenvolvidos. Essa é uma das características que vemos no próximo governo que dá segurança a grupos como a Marfrig", disse. Segundo ele, além da segurança com o novo governo, a empresa está preparada para eventuais turbulências mundiais e trabalha com o real mais valorizado. "As empresas hoje precisam aprender a lidar com uma moeda mais valorizada. Essa é a nova realidade econômica e mundial", declarou. Fonte: O Estado de São Paulo. 30 de novembro de 2010.
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