UE mira fusão no suco
O plano de fusão entre a Citrosuco, do Grupo Fischer, e a Citrovita, do Votorantim - segunda e terceira maiores exportadoras de suco de laranja do Brasil e do mundo será alvo de uma análise profunda da União Européia. Segundo a agência Bloomberg, agências reguladoras do bloco consideram que o negócio pode prejudicar a livre concorrência. A Comissão Européia, agência antitruste da UE, destacou, em comunicado, que o negócio uniria duas das quatro maiores fornecedoras de suco de laranja da Europa e teria um posicionamento "forte" em mercados de derivados, como óleos e essências de laranja. A entidade, com sede em Bruxelas, informou que deverá tomar uma decisão sobre o caso até o dia 19 de maio. A união, que também depende da autorização do Cade no Brasil, resultaria em uma empresa maior do que a Cutrale, atual líder do segmento.
Cosan e Zanin
Conforme antecipou o Valor, a Cosan informou na última sexta-feira que está em negociações avançadas para comprar a unidade de açúcar e álcool do Grupo Zanin, de Araraquara (SP), com capacidade para moer 2,6 milhões de toneladas de cana, e um projeto greenfield do mesmo grupo, em Minas Gerais. As duas empresas assinaram um memorando de entendimentos com validade de 45 dias pelo qual a Cosan se propõe a pagar R$142 milhões mais assunção de dívidas de R$236,6 milhões, pelos dois ativos do grupo.
Dioxina na Alemanha
Autoridades alemãs informaram que se explicarão à União Européia sobre o incidente envolvendo dioxina. O ocorrido pode levar a novas regras no bloco europeu para óleos de fins industriais e alimentação animal. Segundo agências internacionais, as autoridades alemãs informaram que as primeiras análises em galinhas que comeram ração com dioxina apresentaram taxas desta substância 2,5 vezes acima do permitido.
Carne para a UE
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) quer criar um mecanismo para “forçar” o frigorífico a remunerar o pecuarista pelos animais destinados à União Européia. A proposta segue o modelo adotado por Mato Grosso do Sul, onde o pecuarista tem a possibilidade de não informar se o animal faz ou não parte de uma fazenda habilitada para o mercado europeu. A proposta de mudança foi enviada ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado e será encaminhada para análise técnica.
Abates na Coréia do Sul
A Coréia do Sul informou na última sexta-feira que abateu mais de 1 milhão de animais, entre bovinos e suínos, para conter focos de febre aftosa. Conforme informações da Reuters, as autoridades do país afirmaram que trabalham para vacinar mais de 1,2 milhões de animais contra a doença. Os casos detectados desde o final de novembro elevaram os preços de carne bovina e suína no país e devem levar a um aumento da importação de carne.
Fonte. Valor Econômico. 10 de janeiro de 2011.