O lucro da companhia norte-americana de agronegócios Cargill mais que triplicou no segundo trimestre fiscal, puxado pela alta das commodities (matérias-primas) e pela firme demanda global. No trimestre encerrado em 30 de novembro, a companhia lucrou US$ 1,49 bilhão, ante os US$ 489 milhões do mesmo período do ano anterior.
O lucro das operações industriais da companhia foi impulsionado pela participação majoritária na fabricante de fertilizantes Mosaic. Excluindo a Mosaic, o lucro da Cargill aumentou de US$ 420 milhões para US$ 832 milhões no segundo trimestre fiscal. Nos últimos seis meses, a Cargill investiu US$ 1,5 bilhão em aquisições.
A Cargill é uma das maiores processadoras e comerciantes de commodities do mundo. Também possui operações com ingredientes alimentícios, serviços financeiros e fabricação de aço. O lucro da companhia no período aumentou em quatro de suas cinco unidades de negócios. A exceção foi o segmento financeiro e de gerenciamento de risco em energia.
As operações com frigoríficos, processamento de grãos e alimentos da Cargill são consideradas um termômetro da indústria. Assim como suas concorrentes Archer Daniels Midland (ADM) e Bunge, a expectativa é de que a Cargill tire proveito da ampla colheita de grãos na América do Norte em um momento de forte demanda para exportação.
A Cargill informou que seus negócios não foram ofuscados por eventos climáticos durante a colheita no Hemisfério Norte. A seca em áreas de produção de grãos da Rússia e a queda da safra de trigo afetou os resultados de algumas concorrentes, que tiveram problemas de abastecimento. As informações são da Dow Jones.
Fonte: O Estado de São Paulo. Por Filipe Domingues da Agência Estado. 13 de janeiro de 2011.