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Scot Consultoria

Preços da soja têm dia de queda em Chicago, mas seca argentina preocupa


Quinta-feira, 13 de janeiro de 2011 - 09h38

Realizações de lucro aliadas à redução da exposição de investidores ao risco antes da divulgação do novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda de grãos naquele país e no mundo nesta temporada 2010/11 determinaram a queda dos preços da soja ontem na bolsa de Chicago, principal referência global para a cotação da oleaginosa. Os contratos com vencimento em março, que ocupam a segunda posição de entrega na bolsa (normalmente a de maior liquidez), encerraram a sessão negociados a US$13,57 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos), em queda de 23,50 centavos de dólar (1,7%) em relação à véspera. Com isso, a baixa acumulada dos papéis chegou a 3,28% em janeiro, mas cálculos do Valor Data mostram que a valorização nos últimos 12 meses ainda é de 34,29%. Principalmente nos últimos dois meses, o elevado patamar de preços tem sido sustentado pelas perspectivas de redução da oferta provocadas pelo fenômeno climático La Niña, que quando se faz presente normalmente reduz o volume de chuvas no sul do Hemisfério Sul nesta época do ano. Ainda que tenha obrigado os produtores de Mato Grosso a adiarem o início do plantio, o La Niña tem sido moderado no Brasil. Tanto que as previsões para a safra de soja do país não preveem tombos em relação ao ciclo 2009/10. Mas a produtividade em geral será menor, até porque na temporada o clima esteve próximo da perfeição. Ontem, a publicação alemã “Oil World” elevou sua estimativa para a colheita de soja no Brasil em 2010/11 para 67,5 milhões de toneladas, segundo a agência Reuters. No novo relatório de hoje do USDA, é esperada uma correção. Na Argentina, como já informou o Valor, a situação é mais complicada, e esse fator voltou a motivar a valorização do grão em Chicago na parte inicial do pregão de ontem. Em novembro, o governo do país estimava produção de 52 milhões de toneladas, mas atualmente o mercado prevê entre 43 milhões e 48 milhões. Fonte: Valor Econômico. Por Fernando Lopes. 11 de janeiro de 2011.
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