Teto em 13 anos e meio A escassez de café de boa qualidade no mercado internacional puxou as cotações da commodity na sexta-feira na bolsa de Nova York, conforme informações da agência Dow Jones Newswires. Os contratos com vencimento em US$2,4680 por libra-peso, com a expressiva valorização de 815 pontos. Com o salto, os preços voltaram a rondar o maior patamar em 13 anos e meio. Nesse contexto de oferta em geral mais justa - não só pelo produto de qualidade -, traders mostraram preocupação com o forte aumento do consumo no Brasil, maior produtor e exportador mundial. No mercado brasileiro, o indicador Cepea/ESALQ para a saca de 60 quilos do café arábica posta na cidade de São Paulo subiu 1,47%, para R$453,68, e a alta em janeiro chegou a 9,76%.
Ano Novo chinês Após testarem novas máximas na quinta-feira na bolsa de Nova York, as cotações do algodão tombaram na sexta-feira em decorrência de realizações de lucros motivadas pela expectativa de queda da demanda em virtude do feriado do Ano Novo chinês, conforme a agência Dow Jones Newswires. Os contratos para maio encerraram a semana negociados a US$1,5949 por libra-peso, em queda de 394 pontos - ainda assim acima do fechamento de segunda (US$1,5627). Um especialista realçou, entretanto, que fundos de investimentos reduziram as apostas na commodity, e por isso ele prevê a possibilidade de novas quedas. Em Rondonópolis (MT), a arroba da pluma saiu por R$114,40, conforme Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Realização de lucros Um intenso movimento de realizações de lucros determinou a queda das cotações do trigo na sexta-feira na bolsa de Chicago. Conforme a agência Dow Jones Newswires, a expectativa de que a crise no Egito reduza o consumo no país também colaborou para a baixa. Os contratos com vencimento em maio fecharam a US$8,5550 por bushel, 19,50 centavos de dólar abaixo da véspera. O pico de preços da semana passada foi na quarta-feira (US$8,8425), e o menor valor foi mesmo o de sexta. Mas, como em outros mercados de commodities, há o temor de que fundos de investimentos tenham deflagrado o início de uma tendência de redução de suas apostas. No Paraná, a saca subiu 0,32%, para R$25,21, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).
Tomate em alta em SP O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, encerrou a terceira quadrissemana de janeiro com variação positiva de 1,73%. Foi a 21ª alta consecutiva do indicador, e a terceira seguida determinada pelo comportamento das cotações no grupo formado por 14 produtos de origem vegetal. Este subiu 3,31% na média ponderada, com destaque para os novos saltos do tomate para mesa (51,98%) e do café (14,58%). No grupo composto por seis produtos de origem animal, que voltou a cair (2,21%), a pressão decorreu sobretudo da baixa da carne suína (9,22%). Mas também recuaram os leites B e C, as carnes suína e de frango e os ovos.
Fonte: Valor Econômico. 31 de janeiro de 2011.