Técnicos do Ministério da Agricultura realizaram auditorias em 197 indústrias, em 2010, e vistoriaram 650 produtos. O resultado aponta que quase 90% dos agrotóxicos estão dentro dos padrões.
Em 2010, os fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura analisaram 650 marcas de agrotóxicos, em 197 indústrias do país. Do total, 74 produtos apresentaram irregularidades, o que representou 428,9 t apreendidas. O resultado aponta que 88,6% dos agrotóxicos estavam dentro dos padrões.
“As principais inconsistências encontradas foram na rotulagem dos produtos e na utilização de componentes químicos que não estavam autorizados”, informa o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel. Ele explica que o percentual dos produtos em conformidade com as normas tem se mantido em torno de 90%, nos últimos anos.
Os estados que mais tiveram produtos apreendidos foram Paraná, com 181,2 t, São Paulo (142,1 t) e Rio Grande do Sul, (52,8 t). Já o Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Ceará e o Distrito Federal não tiveram produtos retidos. A maioria dos fabricantes de agrotóxicos está localizada em: São Paulo, com 71 empresas, Paraná (10), Rio de Janeiro (9) e Rio Grande do Sul (4).
O papel do Ministério da Agricultura é assegurar que os agrotóxicos sejam produzidos por empresas registradas e entrem no mercado da forma que consta no registro. “Fazemos a fiscalização para verificar, desde a qualidade química do produto, até o processo de fabricação e rotulagem”, acrescenta Rangel.
Durante a fiscalização, 134 produtos foram encaminhados para análise dos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura. Em apenas um produto foi constatado irregularidade na concentração do ingrediente ativo, que estava fora do limite permitido. Além disso, os técnicos cancelaram o registro de 15 agrotóxicos. “Essa situação ocorre quando verificamos inconsistências entre as informações enviadas pela empresa ao Ministério da Agricultura e os documentos que estão no estabelecimento”, conclui Rangel.
Fonte: MAPA. Por Kelly Beltrão. 4 de fevereiro de 2011.