Oferta apertada - Os preços do café tiveram na quinta-feira o segundo dia de alta consecutiva na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em maio fecharam o pregão cotados a US$2,5785 por libra-peso, com ganhos de 220 pontos. Analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires informaram que o mercado reagiu ao longo do dia, depois de registrar um deslize no início das negociações. A pequena disponibilidade de café, especialmente os de melhor qualidade, voltou a ser um fator de sustentação dos preços no mercado internacional. Além disso, do ponto de vista técnico, os analistas consideram que mercado se encontra em um “padrão positivo”. No mercado interno a quinta-feira também foi de alta. O indicador Cepea/ESALQ para o café subiu 0,4% para R$489,10 por saca.
Influência da Índia - Os contratos futuros do algodão voltaram a atingir nova máxima no pregão de quinta-feira depois que o governo da Índia manteve a cota de exportação da fibra inalterada. A decisão jogou por terra esperanças de que o segundo maior produtor de algodão do mundo pudesse colocar mais produto no mercado e, assim, minimizar a escassez global, de acordo com a Dow Jones Newswires. Na bolsa de Nova York, os papéis com entrega em maio fecharam o dia a US$1, 8498 por libra-peso, com alta diária de 700 pontos. Com isso, os preços da fibra já subiram quase 30% apenas neste ano. No mercado doméstico, o indicador Cepea/ESALQ para a libra-peso do algodão ficou em R$3, 8182, com alta de 0,86%. No mês, a commodity já acumula valorização de 6,56%.
Realização de lucros - Depois de atingirem o maior patamar desde 2008 no pregão de quarta-feira, os preços da soja fecharam em queda na quinta-feira na bolsa de Chicago. Ontem os contratos com vencimento em maio fecharam o pregão cotados a US$14, 4525 por bushel, em queda de 17,75 centavos de dólar. Segundo a Bloomberg, as cotações da soja tiveram forte alta na quarta-feira após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ter reduzido a estimativa para os estoques mundiais. Analistas consideraram a valorização do meio da semana excessiva e aproveitaram o elevado patamar para realizar lucros nas operações de ontem. Em Rondonópolis (MT), a saca de soja recuou 0,5%, para R$43,30, segundo levantamento do Imea/Famato.
Vegetais em alta em SP - O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) - vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado - encerrou a primeira quadrissemana de fevereiro com variação positiva de 1,05%, a 23ª alta consecutiva do indicador. Como nas últimas cinco quadrissemanas, a valorização do IqPR foi determinada apenas pelo comportamento das cotações no grupo formado por 14 produtos de origem vegetal, uma vez que o grupo composto por seis itens de origem animal registrou apenas variações negativas nesse intervalo. No início de fevereiro, em todo o universo pesquisado, a principal alta foi a do tomate para mesa (47,27%). Entre as carnes, a que mais caiu foi a suína (12,78%).
Fonte: Valor Econômico. 11 de fevereiro de 2011.