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Scot Consultoria

Para superar crise financeira, paulista Marchesan profissionaliza sua gestão


Quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 - 09h37

Uma das mais tradicionais indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas do Brasil, a Marchesan deixa de ser gerida pela família que empresta o nome à companhia e passa a ser administrada pela consultoria Alvarez & Marsal. Instalado em Matão (SP), o grupo, que chegou a faturar R$500 milhões em 2008, entrou em dificuldades financeiras a partir de 2009 com o agravamento da crise econômica mundial, que reduziu o crédito e derrubou a demanda por máquinas e equipamentos. Com as mudanças em curso, os irmãos Armando e Luiz Marchesan, que fundaram a empresa em 1946, passam a fazer parte do conselho de administração da companhia, juntamente com João Carlos Marchesan, que vinha atuando como diretor superintendente. Outro cinco membros da família, que também participavam do dia a dia do grupo, deixam suas funções operacionais e passam a compor o conselho, profissionalizando assim todo o processo de gestão da empresa. “Faremos a gestão interina do grupo, com a família no conselho. Nossas primeiras medidas estão voltadas para o fomento de vendas para elevar a receita, resgate do mercado perdido e melhora no relacionamento com a comunidade financeira”, afirma Juan P. Ocerin, sócio diretor da Alvarez & Marsal. Ele comandará a equipe de executivos que atuará na gestão da Marchesan. Segundo Ocerin, entre 2008, quando a empresa alcançou o recorde de vendas, e 2010 a receita encolheu 40%, para R$300 milhões. A meta da consultoria é, pelo menos, deixar a companhia com faturamento na casa dos R$500 milhões nos próximos dois anos, prazo de contratação da Alvarez & Marsal. Mesmo com a queda nas vendas, a Marchesan mantém um parque industrial com quatro unidades de produção, todas instaladas em Matão. Entre os planos da consultoria está elevar a produtividade das plantas por meio do aumento de produção. “O mercado está bastante aquecido e queremos aproveitar esse momento. Já temos pedidos sendo feitos e, num primeiro momento, nosso foco será o mercado interno”, afirma Ocerin. Apesar da demanda doméstica forte, o executivo não descarta a possibilidade de a empresa ter uma presença maior no mercado externo. Segundo ele, cerca de 25% da produção da Marchesan vai hoje para o mercado externo, em especial a América Latina. “Diante da demanda interna, do potencial de exportação, cortes nos desperdícios e técnicas de gestão, acreditamos que seja possível superar os níveis de 2008 com rapidez”, disse Ocerin. Fontes do setor observam que a empresa tem produtos reconhecidos no mercado e boas instalações. Contudo, para alcançar os patamares desejados seria necessário investimentos na modernização da indústria. Fonte: Valor Econômico. Por Alexandre Inácio. 15 de fevereiro de 2011.
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