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Alta no preço do algodão já afeta indústrias têxteis e de fios em MS


Quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 - 09h39

As empresas esperam valores mais elevados que em 2010. A alta no preço do algodão por causa da quebra de safra de produtores mundiais, já afeta indústrias têxteis e de fios em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente, José Francisco Veloso Ribeiro, do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), a situação vem desde o quarto trimestre do ano passado. Segundo ele o algodão brasileiro acabou tornando-se uma das poucas opções e fez com que os produtores preferissem exportar, principalmente para a China. “Isso deixou o mercado interno com falta de produto e as indústrias em situações de instabilidade para produzir”, disse o presidente. Em um pequeno período o preço da matéria prima subiu muito e continua oscilando, o que mantém o clima de incertezas para a indústria. O presidente informa que em um período de seis meses a alta do algodão chegou a 150% e o preço da pluma está variando muito. Descontrole – O gerente comercial Jaime de Oliveira Macedo da indústria Copasul, localizada em Naviraí, explica que, a matéria prima sobe diariamente, tanto no mercado nacional, quanto no internacional. “Hoje é inseguro estabelecer um preço”, acrescentou que a pluma está custando em média R$ 8,25 o quilo. As empresas devem trabalhar nesse clima instável até o meio deste ano. “As indústrias estão trabalhando no vermelho e devem continuar segurando até julho, quando se inicia o período de colheita do algodão e o mercado dever voltar a ter oferta de produto, pressionando as cotações”, explica Jaime. As empresas estão na expectativa por preços mais competitivos, mas também já esperam valores mais elevados que em 2010. “Com o início da safra os preços devem ser mais baixos que os praticados no primeiro semestre de 2011, mas com certeza serão mais altos em relação ao ano passado”, disse o gerente comercial da Copasul. A área plantada com algodão no Brasil deve crescer 45% na safra 2010/11 e superar 1,2 milhão de hectares cultivados, com isso, a pluma deve alcançar 1,83 milhão de toneladas. “Se essa safra de 1,8 milhão de toneladas for confirmada, vamos conseguir patamares de preços satisfatórios, sem essas oscilações drásticas que enfrentamos hoje”, afirmou Jaime Macedo. Efeito cascata - Nas indústrias têxteis o impacto segue o efeito cascacata, pois, se o algodão está fazendo variar o preço do fio, este por sua vez reflete diretamente no custo de produção da confecção. Para a pequena empresa os impactos foram imediatos e também já chegaram ao consumidor final. Na indústria Maranello Uniformes, de Campo Grande, desde janeiro os uniformes produzidos em brim, que utilizam à pluma como matéria prima está custando 20% mais caros. Fonte: Campo Grande News. Por Viviane Oliveira. 15 de fevereiro de 2011.
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