Meus pais hoje vivem em Cananéia, uma cidadezinha histórica no litoral sul de São Paulo. Cananéia foi fundada por Martim Afonso de Souza, o primeiro governador geral do Brasil, em 1531. É uma das primeiras cidades do país, e um dos marcos iniciais da nossa colonização. Dali saiu a primeira Bandeira feita em terras brasileiras.
Os povos indígenas que ali viviam foram assimilados e miscigenados, tornaram-se junto com portugueses e negros, a semente do povo brasileiro.
Mais de 470 anos após sua fundação, índios começaram a aparecer nas ruas de Cananéia. Vivem em uma Área de Proteção Ambiental, e aparecem na cidade para mendigar e recolher cestas básicas dadas pelo governo. Esses índios, guaranis, foram importados da fronteira argentina e levados até Cananéia. A troco de quê, ninguém sabe. Mas sabe-se que há organizações interessadas em demarcar terras indígenas no Vale do Ribeira.
Essa picaretagem acontece hoje em proporções nacionais, e foi denunciada essa semana em uma reportagem da revista Veja, que deve ser lida, relida, divulgada aos quatro ventos, levada ao nossos congressistas, discutida e encarada.
Um relatório da FAO do início deste ano, intitulado The State of Food and Agriculture, estipulou que para alimentar 9,2 bilhões de pessoas (a população mundial esperada para 2050), a produção de alimentos teria que dobrar nos países em desenvolvimento nos próximos anos.
Fornecer alimentos para um mundo em crescimento, e que está tornando-se mais rico, é uma oportunidade de riqueza futura sem precedentes para o Brasil. Como nosso espaço, recursos naturais e a melhor tecnologia e informação em agricultura tropical do mundo, somos capazes de sustentar nosso crescimento e ainda alimentar o resto do mundo.
O agronegócio, no entanto, é demonizado exatamente por esses setores organizados da sociedade, financiados por fontes obscuras, interessados em esquartejar o território nacional através de uma indústria de demarcações criminosa, enganosa e sem sentido, que irá paralisar o desenvolvimento do país e nos roubar esse futuro promissor.
Mais de 2/3 do país estão imobilizados em reservas, terras indígenas e parques. Com as demandas ainda não atendidas, pode-se chegar aos 90% do país, um crime contra nossa economia e nosso futuro.
Quilombolas que nunca foram negros, índios de araque com cocar de carnaval, assentamentos que não produzem nada. É preciso dar um BASTA, e dar passagem ao país que produz.