Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.
Os aposentados são a bola da vez para os bancos e financeiras. Querem que essas pessoas façam um empréstimo pessoal.
Não há milagre nesses financiamentos. Na prática se valem do chamado empréstimo em consignação.
Essa modalidade permite o desconto em folha de pagamento do valor da prestação. Isso quer dizer que os juros podem ser menores à medida que o banco que emprestou o dinheiro, tem a garantia do recebimento da parcela mensal, afinal já sai do salário, diretamente para o banco.
Os juros são convidativos: variam entre 1,75% e 3,30% ao mês. Aí que mora o perigo.
Quando começam a divulgar as vantagens do empréstimo muitos são tentados a emprestar. E se não tomarem cuidado, acabam gastando boa parte da renda mensal em juros.
Vamos ser práticos: a quem interessa esse empréstimo? A você aposentado que todo mês precisa usar o cheque especial ou realizar algum tipo de empréstimo com juros acima de 3,3% ao mês. Paga 8% ao mês no cheque especial? Faça o empréstimo com desconto em folha de pagamento.
Agora, se mesmo ao receber um salário baixo você consegue se controlar e não tem hábito de emprestar dinheiro do banco, não se deixe levar pelo suposto juro baixo. Mesmo a taxa menor, a de 1,75% ao mês dá quase 24 % ao ano, enquanto que a taxa mais elevada, de 3,3%, chega a quase 48% ao ano.
Resumo: se for substituir juros maiores faça o empréstimo, caso contrário não se renda aos apelos dos bancos e financeiras. Muito cuidado com uso do crédito.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>