Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.
A discussão da semana passada em torno do desempenho pífio do Produto Interno Bruto (PIB) demonstrou que há pouca preocupação com os indicadores sociais. Nem mesmo a divulgação de pequena melhora na distribuição de renda e a queda no número de miseráveis no país foram suficientes para mudar o rumo da discussão.
Se perguntar aos colegas economistas, aos empresários, aos operadores do mercado, aos estudantes universitários e, principalmente aos homens públicos, quais são as principais metas econômicas, a maioria não titubeará e falará da meta fiscal, da meta de inflação, da relação dívida/PIB e assim por diante.
Agora um desafio: faça outra pergunta - quais são as metas sociais? Com quais indicadores de melhoria da qualidade de vida estão trabalhando? Provavelmente o resultado será decepcionante.
Na prática essas metas não existem ou se existem não são adequadamente trabalhadas.
Penso em um modelo no qual indicadores como: queda da mortalidade infantil, nível de desemprego, número de leitos em hospitais, tempo de escolaridade, expectativa de vida ao nascer, entre outros, estariam na pauta do dia. É como se a sociedade se perguntasse: o que será feito no dia hoje para melhorar os indicadores sociais?
Se temos metas econômicas e há busca incessante em cumpri-las, chegou o momento de se estabelecer metas sociais.
Afinal, o que efetivamente queremos para a humanidade?
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