Risco do país em 260 pontos, desemprego na casa dos 8,6%, inflação em menos de 5% ao ano e reservas cambiais confortáveis, são alguns bons indicadores econômicos.
Além desses indicadores, a bolsa de valores e o mercado de títulos públicos mantêm volumes expressivos de negócios.
Mesmo operando com a maior taxa de juros do mundo o ambiente macroeconômico, o qual faço analogia com a floresta, é favorável ao país.
Para quem observou risco país em 2.400 pontos e uma enorme desconfiança dos rumos da economia nacional, os números apresentados agora são alentadores.
O problema começa quando o olhar é mais próximo, na microeconomia, neste caso, também por analogia, as árvores da floresta.
Algumas árvores estão doentes e outras precisam ser revitalizadas.
Em verdade, a bela floresta não é capaz, por si só, de melhorar a qualidade individual das árvores, ou seja, boa parte da população admira o desempenho macroeconômico, mas não consegue perceber isso em seu dia-a-dia. Faltam elementos concretos que indiquem melhoria de qualidade de vida.
Talvez uma das explicações seja o baixo crescimento econômico ou ainda a não focalização efetiva na distribuição de renda.
Não é somente com indicadores macros que se faz à gestão pública, por sinal, é na vida em sociedade que isso é sentido.
Devemos ter cuidado com a beleza da floresta, achando que tudo está resolvido, sendo que essa mesma floresta pode esconder problemas muito mais graves do que se imagina.
A floresta vai bem; as árvores, nem tanto.
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