Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.
O Ministro da Fazenda Guido Mantega em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) admitiu que irá propor mudanças na condução da política cambial brasileira.
O câmbio no Brasil é considerado conceitualmente como flutuante. Segue ou deveria seguir a lógica da oferta e demanda pela moeda estrangeira. Acontece que nos últimos meses o dólar só cai e é afetado por poucos investidores, por isso não é tão flutuante assim.
É certo que houve depreciação do dólar no mundo todo, mas é certo também que no Brasil a queda foi mais expressiva que o resto do mundo, e esta excessiva valorização do real já prejudica o setor externo brasileiro.
Neste particular devemos aprender com o passado. Quando o Real foi lançado mantivemos o real valorizado para garantir status de moeda forte, e isso nos levou a um déficit na balança comercial sem precedentes na relação comercial com o resto do mundo. O quadro somente se alterou depois do choque especulativo à moeda em janeiro de 1999. Forma cinco anos de erros.
Agora um alerta: tão preocupante como uma cotação baixa é a cotação subir muito rapidamente.
Essa alerta é fácil de entender, pois no Brasil os preços funcionam como uma montanha russa ao contrário: sobem muito rapidamente e caem muito lentamente.
Felizmente há alguém no governo preocupado com essa questão.
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