Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.
Que o Brasil deve crescer não há dúvidas. Considerando os dados do setor industrial do primeiro trimestre podemos apontar algo em torno de 4% para 2.006.
Esse patamar é bom, mas insuficiente. Precisaríamos crescer na ordem de 7% a 8% ao ano para recuperar o atraso.
Mas a questão central é: crescer sustentadamente.
O que isso? É crescer garantindo que os fundamentos econômicos estejam consolidados.
Além desse aspecto, crescer sustentadamente é garantir investimentos básicos, como infra-estrutura para escoamento da produção, malha viária adequada, energia, redução do custo Brasil, entre outros. Isso tudo é sinônimo de eliminação de gargalos.
Não tivemos nesses últimos anos investimentos que nos garantissem uma ampliação necessária na oferta agregada. O que observamos foi um nivelamento por baixo de nossa economia. A sustentação da baixa inflação se deu pelo baixo volume de demanda.
Enfim, colocam-se alguns desafios: crescer, sustentar esse crescimento, manter o mercado externo mesmo com câmbio ruim e ainda possibilitar melhoria na condição de vida dos brasileiros.
Se será 3,5% ou 4% não interessa, pois sem sustentação, não serão alcançados os resultados desejados. Talvez só se acentuem as desigualdades sociais.
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