Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou na última terça-feira um “pacote” de medidas que visa baratear o custo do dinheiro.
O objetivo é permitir ao cliente bancos maior flexibilidade na opção de qual instituição financeira manterá seu relacionamento comercial. Entre as decisões destacamos a criação obrigatória da conta-salário, que poderá a qualquer tempo migrar para outra instituição bancária.
No “pacote” haverá mais transparência na concessão de crédito, diminuindo o risco das operações e com ele espera-se menor custo do dinheiro.
Em resumo: a conta-salário será finalmente administrada pelo trabalhador, pois ele é quem escolherá a instituição bancária que pretende se relacionar. Com isso ele leva consigo o seu cadastro, que por sinal, será positivo, ou seja, dará a dimensão do crédito que o correntista poderá usufruir e não negativo, como é hoje.
Tudo isto para janeiro do ano que vem.
Confesso que esperava mais. Não há nada que force os bancos a emprestarem mais e a um custo menor. Os atuais 32% de crédito sobre o PIB é muito pouco. Além do mais somos sabedores do oligopólio (poucas empresas) do setor bancário brasileiro o que inibe maior concorrência.
A taxa de juros, se cair, não será sentida pelo correntista.
Resultados práticos seriam alcançados com a queda dos juros e do depósito compulsório, mas isto nem foi tratado pelo governo.
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