O Brasil amarga à posição 72 do ranking que avalia o nível de corrupção nos países. Essa pesquisa tem um universo de 180 países.
Na prática esse indicador demonstra aos investidores o quão é confiável ou não aportar recursos produtivos no país.
Um investidor quer segurança no sentido de regras duradouras, e ao mesmo tempo saber que os recursos públicos são gastos corretamente.
É certo que nesses últimos anos a ação da Polícia Federal foi importante, mas é certo também que os desvios de recursos e a corrupção ainda correm soltas no país. É a impunidade estimulando corruptores e corruptos.
Se adicionarmos a essa análise os resultados da pesquisa em relação à confiança nos políticos, que apontou uma rejeição na ordem de 89%, teremos os ingredientes necessários para indicar que muita coisa precisa mudar no Brasil.
A economia tem sua própria dinâmica, possui hoje fundamentos importantes para um inicio de sustentação de longo prazo, contudo, se efetivamente queremos crescer sustentadamente todas as variáveis devem convergir para garantir essa realidade.
O combate à corrupção e o resgate da ética na política podem contribuir em muito para que haja essa convergência.
Um olhar de médio e longo prazos permitirá repensar esse país e suas práticas nada elogiáveis.
Posição 72 é muito baixa para quem quer se apresentar como uma das potências mundiais.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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