• Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Cuidado com a Armadilha dos juros


Segunda-feira, 19 de novembro de 2007 - 10h40

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O final de ano se aproxima e com ele os apelos para o consumidor se lançar às compras. Teremos uma avalanche de propagandas em torno do dia de Natal. Serão inúmeras as opções para presentear. Os apelos serão os mais variados. As financeiras e os bancos, em particular, estão de olho nessa grande data, que representa para o comércio seu melhor desempenho. As ofertas são de parcelas a perder de vista e até pagamento a prazo “sem juros”. Antes de se render a esses apelos certifique-se que suas finanças pessoais comportam novos compromissos. Eliminada esta fase, desconfie do pagamento a prazo sem juros. Para ter certeza que a taxa de juros não está embutida no financiamento, você deve comparar o preço do produto a vista em outras lojas. Neste caso, se os preços a vista forem idênticos, aí sim os juros não existem. Lamentavelmente a comprovação é no sentido contrário, isto é, juros embutidos no crediário. Cuidado ainda com a armadilha dos juros. É que são juros compostos, desta maneira, 3% ao mês não totaliza 36% ao ano, e sim 42,6% ao ano. Uma taxa de 5% ao mês chega a praticamente 80% ao ano. Quanto maior o prazo, maior o valor em reais despendido no crediário. Se continuar com a prática comum de somente analisar o valor da parcela, o consumidor poderá ser preza fácil neste final de ano. Ao esticar o prazo, a parcela cai, mas, dependendo da taxa de juros, o bem adquirido pode chegar a custar duas vezes seu preço a vista. As armadilhas dos juros, do crediário, do cartão de crédito, do cheque pré-datado e tantas outras modalidades, só nos levam a antecipar gastos, sem a contrapartida de aumento na renda, e o que é pior, pagando uma taxa de juros absurdamente elevada. Lembre-se: as categorias profissionais conseguem reajustes de 3 a 4% ao ano. Não é possível aceitar pagar juros acima de 50% ao ano. É hora de cautela e presentear mais com a razão do que com o coração.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja