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Scot Consultoria

O papel do consumidor


Segunda-feira, 7 de julho de 2008 - 15h38

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


A inflação continua sendo o centro das discussões econômicas. Cesta básica acumulando altas de até 52% em 12 meses. Índice Geral de Preços do Mercado batendo praticamente 12% em um ano. Inflação oficial do governo revista para mais de 6% ao ano, enfim, os mais diferentes índices apontando aumento geral dos preços. Não obstante a atenção redobrada da autoridade econômica, que deverá colocar em prática a plenitude das políticas mais conhecidas, como restrição ao crédito, elevação nos juros, enfim, aperto monetário, aliado ao aperto fiscal, o consumidor tem papel preponderante neste contexto. É certo que o governo poderia buscar acordos setoriais e adotar uma postura mais proativa, mas também é certo que a especulação existente em alguns setores, deverá ser combatida pelo consumidor final. Se o preço da marca líder subiu, substitua por marcas alternativas, mais baratas, mesmo que haja, no curto prazo, perda na qualidade. Use a criatividade. A culinária brasileira é rica, e chega um momento que os preços elevados indicam que variar é preciso. O arroz está caro? Use macarrão. Comer fora de casa está abusivo? Faça um jantar em família. Introduza produtos típicos da época, cuja oferta é maior, portanto preços menores. Há ainda vários produtos importados mais baratos. É ruim para balança comercial brasileira, mas em um momento de carestia o que vale é economizar. Aproveite melhor os alimentos, evite estocagem e acima de tudo aumente a vigilância. Se um dos motivos pela de alta dos preços é o aumento do poder aquisitivo da população, uma das formas dos preços caírem é recuar no consumo. Tudo indica que a pressão inflacionária não é de curto prazo, portanto, é hora de atacar todos os flancos para evitar o pior: que os preços desgarrem. Governo, cidadãos e até empresários: o trabalho é conjunto, o que vale é o bem maior, e esse bem é estabilidade de preços.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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