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Mais uma realização de Hugo Chávez


por Alma

Terça-feira, 28 de julho de 2009 - 09h23

Fernando Sampaio é engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, especialista em mercado de carnes pela ESA Angers. Pensador em tempo integral, cronista nas horas vagas. Seu dia foi cheio? Está cansado de ver preços e números? Leia a coluna do Alma e relaxe. Coluna do Alma, para você não se esquecer das outras coisas da vida.


O governo bolivariano da Venezuela tem mais uma notória realização a ser divulgada. O país quadriplicou as exportações de cocaína e tornou-se o principal entreposto da droga produzida na Colômbia. Há um ano, uma reportagem do The Guardian já revelava como as relações entre as FARC colombianas e o governo de Chávez haviam se aprimorado. Isso desde que este havia expulsado o Drug Enforcement Administration americano do território da Venezuela em 2005, facilitando a transformação do país no centro mundial do tráfico da droga. Um relatório de 20/07 do US Government Accountability Office dirigido ao Congresso dos Estados Unidos advertiu que a Venezuela se converteu no principal centro de distribuição da cocaína produzida na Colômbia e no maior porto de embarque da droga, com destino principalmente aos Estados Unidos e a Espanha. E indica que, de 2004 até 2007, a droga colombiana distribuída a partir de centenas de aeroportos clandestinos da Venezuela mais que quadruplicou, passando de 60 para 260 toneladas por ano, ou seja, 17% de toda cocaína produzida no mundo em 2007. De acordo com o relatório, esta situação deve-se essencialmente à corrupção existente dentro do governo, do exército e das forças especiais locais que controlam portos, aduanas e aeroportos do país, contribuindo para criar um clima de permissividade, fundamental para os objetivos das organizações narcotraficantes. Mas as FARC não são ingratas. Elas também compram armas para Chávez em troca de cocaína e ajudam seus aliados. Em um vídeo divulgado recentemente, um dos comandantes da narco-guerrilha, Mono Jojoy, admite ter mandado dinheiro para a campanha eleitoral do presidente do Equador Rafael Correa, um dos subordinados de Hugo Chávez e fã do bolivarianismo. Correa também não foi ingrato e deixou que as FARC instalassem acampamentos em território equatoriano. Todo mundo se lembra da gritaria que ele e Chávez aprontaram quando a Colômbia bombardeou um desses acampamentos matando o chefão traficante Raul Reyes. E o Brasil? Bom, para Lula e Celso Amorim, as FARC são um movimento social (a gente até arruma visto e emprego para esses traficantes) e Hugo Chávez e Rafael Correa são democratas preocupados com o bem do povo. São as maravilhas do socialismo bolivariano. Enquanto isso a droga destrói a vida de milhões de famílias no mundo inteiro.
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