O mundo todo observa quebra de paradigmas, buscando novos referenciais. No contexto das potências mundiais sempre avaliávamos os Estados Unidos como imbatíveis, como economia de risco zero, mas o que observamos é uma nova leitura sobre o desempenho econômico americano, rebaixado pelas agências de avaliação de risco.
Quando do lançamento do euro a leitura é unânime: este é um modelo a ser seguido.
As crises vivenciadas por boa parte dos países que compõem a zona do euro se encarregaram de colocar em dúvida se é o melhor modelo.
Outras referências mundiais como o Japão entre outros também são questionadas.
Os países emergentes, compostos pelos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e agora se aproximando a África do Sul) são aqueles que demonstram maior vigor neste momento, com excelentes perspectivas. Até mesmo a cadeira de presidente do Fundo Monetário Internacional pode ser assumida por um representante dos emergentes, no caso, a China.
No contexto empresarial aceitávamos produtos com qualidade razoável, hoje o consumidor deseja defeito zero. A prestação de serviços podia se realizada de maneira a atender parte das expectativas dos clientes, hoje, como novo paradigma, é satisfação total do cliente ou nada feito.
Havia nas empresas o comandante pensador e único dono da verdade: atualmente a gestão é voltada para a causa e efeito.
O acionista era o centro dos negócios, em busca de resultados a qualquer custo, hoje somos sabedores que o soberano na empresa é o cliente, este que traz receita e sustenta financeiramente a empresa, e que os colaboradores devem ser priorizados, pois são eles a interface da empresa com este gerador de riquezas para as organizações.
Já vivemos a era do chefe, hoje, líder. O empregado ganha status de associado.
Defeito zero, melhoria constante, não apego a modelos, sistemas abertos, inversão da pirâmide hierárquica, são expressões e práticas cada vez mais comuns nas organizações vencedoras. Quem leu o Monge e o Executivo de James Hunter deve ter absorvido as lições da liderança positiva e como ele aborda estas questões de quebra de paradigmas, e a necessária busca de novas referências.
O século XXI indica exatamente esta perspectiva: a única certeza que temos é que as coisas mudarão.
O desafio é adequar a velocidade destas mudanças com a capacidade de realizá-las, mas aí surge um novo paradigma: planejar a qualquer custo.
O moderno indica: nas relações negociais ou se pratica o ganha/ganha ou nada feito.
O tempo de profissionais “meia boca” (tanto empresário, como associado) já foi, portanto, ou há retorno e se pratica a parceria, ou não haverá espaço para crescimento da empresa e do próprio crescimento profissional.
Os paradigmas estão aí para ser quebrados, é preciso de capacidade para identificá-los e coragem para mudar. Todos devem estar abertos a novos referenciais.